Imagine sua empresa no centro de uma tempestade. A cada novo dia, o preço do que você compra ou vende – milho, soja, energia, café, petróleo – pode saltar ou desabar. Talvez até antes do café terminar de esfriar na xícara. Parece exagero? Não é.
Essas oscilações violentas dos preços de commodities afetam diretamente a receita, o caixa e, claro, o sono de muitos gestores. A sensação de vulnerabilidade é real. Negócios assim ficam frágeis de verdade. Uma surpresa de mercado pode comprometer resultados de meses. Mas existe como se proteger: é aí que entra o hedge, um verdadeiro “seguro de receita”.
Sem proteção, qualquer vento vira tempestade.
Os riscos invisíveis e as pancadas reais
Volatilidade não é um conceito abstrato. Ela se traduz em margens espremidas, contratos rompidos, calculadora na mão e incerteza na cabeça. Dados mostram que a volatilidade trimestral do petróleo já figurou entre 12,6% e mais de 90%. O gás natural, em determinados períodos, superou 100% de oscilação (fonte).
Parece pouco concreto? Vejamos alguns casos – claro, de maneira anônima:
- Uma cooperativa agrícola teve contrato vendido de soja para exportação. Uma seca repentina elevou os preços em 40%. Como estava sem hedge, foi obrigada a entregar o produto a um preço muito inferior ao de mercado. Resultado: prejuízo difícil de recuperar, perda de confiança e até necessidade de reestruturação financeira.
- Uma indústria de papel, dependente de energia elétrica, viu a conta dobrar devido à crise hídrica e disparada do preço do insumo. Sem mecanismos de proteção, parte da produção ficou inviável. Receita caiu, funcionários foram demitidos, projetos engavetados.
- Produtora de café vendeu antecipado parte da safra. No caminho, o dólar disparou devido a instabilidades políticas e cambiais (o que ficou ainda mais intenso com mudanças recentes apontadas pelo Banco Mundial). O aumento da despesa em reais corroeu todo o lucro da exportação.
Estes exemplos podem até ser extremos, mas não são raros. Pequenas e grandes empresas sofrem, principalmente quando dependem de preços definidos fora do controle local. E, como apontou o Fundo Monetário Internacional, esse ambiente de volatilidade nas commodities prejudica o próprio crescimento econômico e agrava a inflação em diversos países (análise FMI).
Por que a volatilidade é tão perigosa nas commodities?
Uma explicação: uma boa parte dessas flutuações não é previsível. Fatores climáticos, decisões políticas, guerras, acordos de exportação, pandemia. E muitas vezes tudo junto. Se o petróleo varia tanto por questões geopolíticas, e o trigo por questões climáticas, como apostar o caixa da empresa nessas cartas? Essa imprevisibilidade deixa margens em risco constante.
O mercado de commodities já perdeu bilhões em valor de capitalização por conta dessa turbulência. Isso muda o jogo para todo mundo: desde multinacionais até o produtor rural lá no interior. No Brasil, onde as receitas de exportação são super relevantes, cada movimento na cotação pode mexer com o setor inteiro.
O preço não obedece ninguém.
Do medo à ação: o hedge como seguro de receita
Toda exposição ao preço sem proteção é, na prática, uma aposta. Pode dar lucro – mas pode dar uma perda difícil de absorver. O hedge surge como proteção, dando à empresa o “direito” de garantir um preço justo para o futuro, sem deixar de participar de eventuais altas.
O termo pode parecer complicado, envolto em contratos e jargões. Mas, em essência, trata-se de assegurar previsibilidade: saber quanto vai pagar (ou receber), independentemente do que ocorrer no mercado. Assim, o gestor pode planejar melhor, dormir melhor, investir com mais confiança.
- Contratos futuros – Fechar agora, receber ou entregar depois. Preço travado, orçamento protegido.
- Opções – Paga-se um prêmio para ter a possibilidade, mas não a obrigação, de vender ou comprar num determinado patamar.
- Swaps e outros instrumentos – Soluções mais sofisticadas para ajustar fluxos ou indexadores de receita.
No fim das contas, todos esses instrumentos existem por um motivo bem humano: diminuir o medo do imprevisível, dando base sólida nas decisões de crescimento.
O impacto do hedge além dos números

É algo que vai além do Excel. O hedge evita que o caixa vire refém do acaso. Ele pode preservar empregos, salvar projetos e, não raro, manter a reputação ilesa. Garantir margens mínimas pode ser a diferença entre crescer ou precisar pedir socorro.
Experiências recentes mostraram que proteger a receita não serve só para grandes empresas. Cada vez mais, médias e pequenas adotam a postura defensiva, buscando um tipo de “seguro” real para suas operações. A diferença é nítida entre quem aposta no imprevisto e quem trata o risco como um gestor responsável trataria.
Segundo consultores da Staterra, o segredo está em personalizar a abordagem. E isso realmente faz sentido. O especialista Marcelo Ermini sempre lembra: “Não existe hedge ruim. Existe hedge malfeita ou inexistente”.
Staterra: muito além de uma gestora, uma parceira estratégica
O papel da Staterra vai além de executar contratos ou “travar preço”. A equipe atua lado a lado do gestor, entendendo o fluxo financeiro, o ciclo de caixa e o perfil de risco de cada empresa. Muitas vezes, o problema não é só volatilidade, mas o efeito cascata que ela provoca: de uma simples elevação de custos à perda de acesso a crédito ou dificuldade de investir no futuro.

O diferencial está na flexibilidade. É possível montar soluções específicas para clientes institucionais, empresas exportadoras ou até investidores qualificados. Não se trata de um pacote pronto – é parceria real. Time internacional, experiência prática e olhar no detalhe.
No blog da Staterra, você encontra exemplos de desafios do mercado brasileiro e debates atuais sobre proteção de receitas e risco. Lá, as dúvidas saem do campo teórico e ganham forma, com discussões sobre estratégias em diferentes setores.
Gestão de risco é o que separa o acaso do controle.
Como identificar o momento do risco e agir a tempo
Pode parecer que só negócios na ponta da exportação precisam de hedge. Antes fosse. O impacto da volatilidade atinge toda a cadeia: agro, indústria, energia, transportes. Entender a exposição antes do problema acontecer é mais valioso do que tentar consertar depois.
- Levante as suas receitas e custos expostos ao preço.
- Simule diferentes cenários. O que acontece se o preço cair 10%? E se subir 20%?
- Converse com especialistas. Busque opiniões, cases e experiências reais – cada setor tem suas armadilhas.
- Busque um parceiro focado em soluções sob medida. Afinal, receita protegida não é receita perdida.
Na Staterra, profissionais com perfis diversos entendem essas dores e ajudam na análise completa de risco. O trabalho é personalizado: pode ser para estruturar desde políticas internas até contratos de hedge sofisticados.
A conexão entre estabilidade e crescimento sustentável
Crescimento real não depende só de preço alto. Precisa de estabilidade suficiente para planejar, alavancar investimentos e expandir. Quanto maior a previsibilidade das margens, mais fácil captar recursos, negociar com fornecedores e conquistar novos mercados.

Planejar de verdade só é possível se o risco não levar tudo embora em um único evento inesperado.
Bastou um preço fugir da curva para tudo mudar.
Conclusão: sua receita precisa de blindagem imediata
Enterrar a cabeça na areia nunca ajudou a enfrentar volatilidade. Empresas expostas ao mercado de commodities precisam encarar o risco de frente. O hedge é a ponte que liga a estabilidade ao crescimento sustentável. Com estratégias adequadas, a receita deixa de ser refém, e o futuro se torna planejável.
A Staterra pode ser mais do que uma gestora para o seu negócio. Queremos ser sua parceira estratégica na construção de uma operação mais segura e eficiente, independentemente do setor. Converse conosco, tire dúvidas com quem entende e veja como seu negócio pode se beneficiar de uma proteção inteligente. E, se desejar, conheça também a visão da especialista Fernanda Beli sobre os desafios atuais do mercado.
Seu próximo passo pode ser o início da segurança que faltava. Proteja sua operação contra as oscilações e ganhe tranquilidade para decidir o futuro. Conheça a Staterra e descubra um novo padrão em proteção de receitas e gestão de risco.
Perguntas frequentes sobre hedge e proteção em commodities
O que é hedge em commodities?
Hedge em commodities é uma estratégia para proteger negócios das oscilações de preços dos produtos negociados no mercado, como soja, petróleo, café e energia. Ele permite “travar” um preço ou transferir parte do risco para outros agentes, garantindo ao menos uma faixa de resultado e evitando grandes prejuízos, especialmente em cenários de alta instabilidade.
Como funciona a proteção contra volatilidade?
A proteção contra volatilidade funciona a partir da contratação de instrumentos financeiros, como contratos futuros e opções, que asseguram preços mínimos ou máximos para compras e vendas futuras. Assim, mesmo que o preço do mercado mude drasticamente, o impacto sobre a receita será limitado pelo hedge contratado.
Vale a pena fazer hedge em commodities?
Na maior parte das vezes, sim. O hedge ajuda a estabilizar receitas, evitar perdas graves e permite um planejamento mais sólido. Negócios que dependem do preço volátil das commodities podem, com essa proteção, investir com mais segurança e crescer de forma saudável, mesmo diante de oscilações fortes nos preços.
Quais são os melhores instrumentos de hedge?
Entre os instrumentos mais usados estão contratos futuros, opções e swaps. A escolha depende da necessidade, do perfil de risco da empresa e da complexidade do negócio. Muitas vezes, a combinação de instrumentos é a melhor saída para adaptar a solução ao contexto real da operação.
Como escolher a melhor estratégia de proteção?
A escolha deve levar em conta: exposição ao risco, previsibilidade de fluxo de caixa, custos dos instrumentos de hedge e objetivos estratégicos da empresa. O ideal é contar com suporte de especialistas compromissados com o entendimento do negócio – e parceiros, como a Staterra, que possam desenhar soluções sob medida ao invés de modelos rígidos e genéricos.