Mesa com moedas de metais preciosos ao lado de gráficos financeiros digitais mostrando estratégias de hedge para metais em 2025

Quem opera metais sabe. O preço sobe no dia do embarque, cai no dia do pagamento e raramente respeita o seu orçamento. Em 2025, a sensação de curva escorregadia volta com força. Ao mesmo tempo, há boas janelas para travar margens, reduzir sustos e até proteger o câmbio junto com o metal. É aqui que o hedge bem feito mostra valor.

Proteção não é luxo. É ritmo.

Eu já vi produtor perder uma safra de caixa por ignorar o contango. E também vi indústrias navegarem um ano turbulento com margens estáveis, só por terem regras claras de proteção. O ponto é simples. Não dá para adivinhar preços, dá para administrar risco. A STATERRA trabalha justamente nessa fronteira, unindo modelos quantitativos e leitura de mercado para construir carteiras administradas e estratégias com derivativos que cabem no fluxo do cliente.

O que o cenário de 2025 já sinaliza

Os sinais misturam calma e ruído, com uma pitada de ironia. Em abril, uma perspectiva pessimista para os preços dos metais básicos no curto prazo mencionou médias mais baixas para cobre, alumínio, níquel e zinco no segundo trimestre, além de sobras de oferta em níquel e zinco. O pano de fundo tem fraqueza de demanda em partes da Ásia e tropeços na cadeia de veículos elétricos.

No lado dos industriais, a avaliação do Banco Mundial fala em preços estáveis em 2025 e 2026. A China puxa para baixo via setor imobiliário, enquanto restrições de oferta e a transição energética puxam para cima. O ouro, por sua vez, pode marcar preços médios recordes no ano, mantendo-se bem acima do padrão pré-pandemia.

Para quem busca oportunidades, há uma chama. Analistas do setor indicam que o alumínio deve liderar em 2025, com risco de escassez e demanda firme. Cobre, zinco e estanho também podem reagir melhor que em 2024. Já o níquel fica mais sensível, por excesso de oferta persistente.

O quadro macro ainda traz cautela. Uma agência de rating projeta deterioração até 2026 para parte da indústria de metais e mineração, pressionada por crescimento global menor e incerteza comercial. A leitura sobre China continuam frias, o que mexe no humor do aço e de insumos ligados.

Tela com gráfico de preços de metais em queda e alta.

Por que o hedge em metais parece diferente no Brasil

Quem compra ou vende metal no Brasil carrega um pacote de riscos. Não é só o preço internacional. Tem base local, prêmio físico, frete, impostos e, claro, dólar. Um contrato na LME trava a referência, mas a sua fatura real pode dançar por causa do câmbio e dos prêmios regionais. É o famoso risco de base. Se você nunca mediu esse desvio, a sua proteção talvez seja menor do que imagina.

Outra nuance é liquidez. Alguns vencimentos são profundos, outros não. Em meses mais vazios, o spread de bid-ask aumenta e a execução vira parte do resultado. Parece detalhe, porém é onde boa parte dos custos nasce. A STATERRA estrutura operações considerando base, câmbio e liquidez, e, quando faz sentido, combina futuros lá fora com instrumentos locais para fechar as brechas.

Estratégias que funcionam em 2025

Estratégia boa não é só elegante. Precisa encaixar no fluxo, no caixa e na cultura da empresa. Abaixo, táticas que têm entregado proteção real em metais.

  • Futuros com rolagem tática. Travar preço com futuros funciona, desde que a rolagem considere contango e backwardation. Se o mercado está em contango pesado, vale rolar mais cedo e alongar a proteção. Em backwardation, segurar a rolagem pode reduzir custo de carregar. Não precisa acertar o pico, basta ter regra clara.
  • Opções para limitar sustos. Puts dão piso ao produtor. Calls dão teto ao consumidor. Para custo menor, o collar ainda brilha. Em metais com viés de downtrend no curto prazo, spreads de débito em puts podem ser interessantes. Já em alumínio, com cenário de aperto, um collar mais largo conserva upside. Não existe milagre, existe troca entre prêmio e flexibilidade.
  • Bandas de hedge e escadas de preço. Em vez de travar tudo de uma vez, dividir em janelas semanais ou mensais. Assim, o preço médio fica menos sensível ao dia ruim. Para compras recorrentes, a escada de calls vendidas pode reduzir custo do estoque, desde que respeite limites de entrega.
  • Spreads de calendário e intermetais. Quando o risco é de timing, o spread entre dois vencimentos protege a agenda de entrega. Há momentos em que a relação cobre versus alumínio sugere assimetria, mas aqui a mensagem é cautela. Relações podem se desfazer rápido. Se usar, use pequeno e com stop de risco.
  • Overlay cambial junto do metal. Grande parte do resultado em reais vem do dólar. NDF ou futuros de dólar combinados com o hedge do metal ajudam a manter a margem. Para exportador, um collar no dólar somado a puts no metal cria uma proteção em mosaico, menos sensível a um único choque.
  • Gestão de margem e liquidez. Derivativos pedem caixa. Reserve colchão de margem, defina gatilhos de reforço e considere garantias que reduzam custo financeiro. Em alguns casos, usar opções no lugar de futuros alivia chamadas de margem, ainda que com prêmio inicial.
  • Sinais quantitativos simples. Volatilidade subindo? Aumente a parcela protegida. Volatilidade caindo? Afrouxe. Gatilhos objetivos reduzem decisões emocionais. É simples, e funciona melhor do que parece. Na STATERRA, essa disciplina é parte do dia a dia.
Bobinas de alumínio em armazém e telas com derivativos.

Erros comuns e como evitar

  • Proteger 100% sempre. Parece seguro, mas tira flexibilidade e pode travar prejuízo em viradas rápidas. Hedge parcial costuma entregar melhor relação risco-retorno.
  • Ignorar risco de base. Travar LME e esquecer prêmio local é meio hedge. Meça o desvio histórico e inclua isso no alvo de proteção.
  • Rolar em data fixa. Melhor rolar por critério de custo de carregar e liquidez, não só por calendário.
  • Subestimar custo total. Tem corretagem, spread, imposto, financiamento e margem. Coloque tudo na conta. Um hedge barato no papel pode sair caro no caixa.
  • Não definir métricas. Sem KPI vira torcida. Use desvio do orçamento, variação de margem ou cobertura média como guias mensais.

Um roteiro direto para os próximos 30 dias

  1. Mapeie a exposição. Volume, prazos, moedas, prêmios e estoques. Uma página só já ajuda.
  2. Defina alvo de proteção. Exemplo: cobrir 60% do consumo de 6 meses, com piso de margem.
  3. Simule cenários. Três choques de preço e de câmbio. Veja o que quebra e ajuste a dose.
  4. Escolha o mix. Parte em futuros com rolagem tática. Parte em opções para eventos de cauda.
  5. Execute pequeno. Piloto de 30 dias, com relatório simples por semana. Aprenda rápido.
  6. Automatize alertas. Gatilhos de vol, drawdown e custo de rolagem. Sem isso, o plano degrada.

Se eu tivesse que resumir, eu diria o seguinte. Em 2025, o metal pode até ficar de lado, mas a volatilidade não promete descanso. Há assimetrias no alumínio, dúvidas no níquel, cobre sensível à China e ouro como porto seguro. O hedge certo é o que conversa com o seu fluxo e evita noites em claro.

A STATERRA nasceu para isso. Unimos carteiras administradas focadas em proteção patrimonial e estratégias com derivativos para investidores qualificados, com prática em energia, agricultura, metais e câmbio. Se faz sentido para você, fale com a equipe e peça um diagnóstico rápido da sua exposição. Sem jargões, com números. É o primeiro passo para estabilizar margem e receita.

Perguntas frequentes

O que é hedge no mercado de metais?

Hedge é um conjunto de operações com derivativos, como futuros e opções, usado para reduzir o impacto de variações de preço em metais. O objetivo é proteger margem e caixa, não adivinhar o topo ou o fundo.

Como fazer hedge em 2025?

Comece mapeando volumes, prazos e moedas. Defina um alvo de cobertura parcial, simule cenários e escolha um mix de futuros com rolagem tática e opções para eventos mais raros. Considere também o câmbio em conjunto.

Quais estratégias de hedge funcionam melhor?

Em geral, combinações de futuros e collars entregam boa proteção com custo controlado. Spreads de calendário ajudam quando o risco é de timing. Overlay de dólar é útil para resultados em reais.

Vale a pena usar hedge em metais?

Para quem compra ou vende metal de forma recorrente, sim. O hedge suaviza oscilações, protege orçamento e dá previsibilidade. Em 2025, com cenário misto e volatilidade, ele tende a valer ainda mais.

Onde encontrar especialistas em hedge de metais?

Procure equipes com experiência em derivativos, leitura de base local e gestão de risco. A STATERRA apoia empresas e investidores qualificados com soluções sob medida e acompanhamento próximo.

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