Diversificar investimentos é uma busca constante de quem entende que segurança, retorno e desempenho consistente vêm de decisões informadas. Quando falamos do universo das matérias-primas negociadas globalmente, a dinâmica é ainda mais complexa. Ao olhar atentamente para estratégias profissionais voltadas para investidores institucionais, family offices e pessoas físicas que podem acessar mercados sofisticados, descobrir bons motivos para incluir este tipo de ativo no portfólio é quase inevitável.
A estratégia STATERRA Commodity surge nesse contexto, para quem deseja exposição inteligente e ativa, aproveitando oportunidades e enfrentando desafios – que não são poucos – com disciplina de risco e olhar macro. A seguir, você vai entender por que diversificar com commodities, explorando exemplos práticos, resultados e fundamentos atuais do mercado.

Por que considerar a diversificação em commodities?
Antes de mergulharmos nos sete principais motivos, vale contextualizar: a estratégia STATERRA Commodity foi inaugurada em novembro de 2024 para responder a um ambiente de incertezas macroeconômicas e mudanças globais estruturais. Desde então, seu desempenho se mostra expressivo, com retorno acumulado de 14,05%, volatilidade controlada em 13,29%, Sharpe Ratio de 0,80, M² de 15,96% e Information Ratio de 0,80 – números que superam benchmarks como GSCI (retorno de 2,22%, Sharpe negativo), BCOMM (5,54% e Sharpe de 0,15) e CRB Index (8,36% e Sharpe de 0,39), apontando clara superioridade e resiliência, especialmente em cenários adversos.
O contexto macroeconômico das commodities
A decisão de alocar recursos em matérias-primas passa, antes de tudo, por entender os grandes motores do mundo atual. A tese central repousa sobre quatro fatores, que impactam profundamente oferta e demanda global:
- Envelhecimento populacional e aumento de gastos sociais: Economias maduras gastando mais com saúde e previdência reduzem espaço para investimentos produtivos e promovem inflação estrutural, tornando os ativos reais mais relevantes.
- Recuo da globalização: Corrente de supply chains regionais, instabilidade comercial e políticas protecionistas fortalecem o valor de matérias-primas produzidas localmente.
- Complexidade geopolítica crescente: Tensões militares e diplomáticas enfraquecem instituições multilaterais e abrem espaço para movimentos abruptos nos preços desses ativos. Basta lembrar dos efeitos recentes da guerra na Ucrânia, como aponta estudo do Banco Mundial.
- Queda da poupança global: Desde os anos 2000, sociedades vêm economizando menos, aumentando o custo do capital e, por consequência, elevando o prêmio esperado para ativos reais e de risco.
O mundo mudou, e os sinais estão nas curvas de preços das commodities.
Esses pontos tornam urgente para quem tem visão de longo prazo considerar matérias-primas como parte da estratégia de proteção e crescimento patrimonial.
Alocação dinâmica e gestão de risco dedicada
Qual é o diferencial de estratégias ativas frente aos fundos tradicionais? A resposta reside na gestão dinâmica entre os grandes setores: energia, metais e agricultura. Essa flexibilidade permite capturar oportunidades em diferentes momentos do ciclo econômico e ajustar rapidamente posições durante incertezas, inclusive crises geopoliticas ou grandes choques de oferta.
O time de gestão desenvolve modelos quantitativos que monitoram não só movimentos de preço, mas também a liquidez dos mercados, estruturas de contratos futuros e riscos específicos – seja em petróleo, soja ou cobre. O resultado é um portfólio ajustado conforme os riscos reais, o que tende a manter a volatilidade sob controle sem abrir mão de retornos interessantes.
Desafios e oportunidades: o cenário de 2024
Nada é simples neste universo. O ambiente global em 2024 é marcado por volatilidade vinda de políticas tarifárias americanas, tensões comerciais crescentes, fragmentação do mercado e inflação persistente. Obstáculos? Sem dúvida. Mas também um terreno fértil para quem sabe adaptar estratégias.
A pandemia desestruturou cadeias logísticas, e choques recentes, como conflitos militares, acenderam o alerta para segurança alimentar e energética. A transição energética, acelerada por políticas ambientais e incentivos fiscais em grandes economias, pressiona a demanda por certos metais e agrícolas, beneficiando uma série de ativos que antes eram considerados secundários ou "comodities de nicho".
Se juntar a isso políticas fiscais expansionistas, temos um ambiente nada trivial, mas que pode compensar quem possui agilidade para ajustes táticos.

Sete motivos para diversificar agora
- Baixa correlação com outros ativos
Fazer hedge ou proteger portfólios exige componentes que se comportam de maneira diferente de ações, imóveis ou renda fixa. Matérias-primas, em geral, trazem esse benefício, reduzindo a dependência de um único tipo de risco. Pesquisas apontam que portfólios com futuros de commodities apresentam desempenho superior e menor risco conjunto, conforme análise publicada na SciELO Brasil.
- Proteção contra inflação
Quando o custo de vida dispara, ativos ligados ao preço de bens essenciais tendem a se beneficiar. É um antídoto natural contra o enfraquecimento do poder de compra, especialmente para quem tem exposição relevante em moeda local.
- Potencial de retorno em ciclos de alta
O setor pode entregar ganhos expressivos em determinados momentos, especialmente durante choques de oferta, desastres climáticos, guerras ou saltos do consumo global. Diferentes ciclos fortalecem energia, metais ou agricultura, exigindo uma estratégia ativa e flexível.
- Capacidade de capturar tendências estruturais
Temas como transição energética, digitalização e crescimento de mercados emergentes vêm mudando a demanda por certos metais, combustíveis renováveis e alimentos. Estar posicionado nesses movimentos proporciona exposição a tendências de longo prazo.
- Diversificação geográfica e política
O segmento proporciona exposição internacional, diluindo riscos domésticos. Hoje, tensões comerciais, novas rotas de exportação e mudança nas bases de consumo aceleram essa vantagem.
- Gestão ativa supera limitações dos fundos passivos
Estratégias que buscam eficiência, controlando custos de rolagem e aproveitando diferenciais de mercado, tendem a superar fundos passivos, que, muitas vezes, enfrentam custos ocultos e ineficiências (problema comum em ETFs e produtos estruturados). Essa é uma armadilha para quem busca exposição sem análise macroeconômica.
- Resiliência em um mundo incerto
O cenário global, marcado por incertezas políticas e econômicas, reforça a importância de alocar recursos em ativos que mantêm valor mesmo em ambientes adversos. Vale destacar: não se pode confiar apenas no timing técnico ou em modismos de mercado.
Diversificar é proteger seu patrimônio do inesperado.
Riscos, armadilhas e lições da experiência
Quem investe neste mercado sabe: nem tudo são flores. Volatilidade e incertezas são parte do jogo. Políticas tarifárias podem mudar em minutos, tensões militares afetar contratos futuros, e choques climáticos reverter tendências. A liquidez nem sempre é garantida, especialmente nos nichos menos acompanhados.
Além disso, a concentração em apenas um tipo de ativo ou segmento (como só energia ou só agrícolas) amplifica o risco de choques setoriais. Por isso, diversificação entre energia, metais e agricultura é regra – não exceção.
Outra armadilha são custos ocultos em produtos estruturados, como ETFs ou notas estruturadas. Eles podem corroer boa parte dos ganhos, especialmente em horizontes mais longos, devido a custos de rolagem e spreads. O investidor atento observa detalhes de contratos, liquidez, estrutura de taxas e condições de acesso.
Por fim, confiar só em análise técnica pode ser perigoso. O acompanhamento macro, leitura de políticas globais e antecipação de movimentos regulatórios são essenciais para ajustes táticos eficientes. Reforçando isso, o debate sobre gestão de risco aparece cada vez mais em fóruns especializados.

Onde estão as grandes oportunidades do momento?
Oportunidades saltam aos olhos de quem observa mudanças profundas nas cadeias de suprimento e na transição energética global. A demanda crescente por metais como cobre, lítio e níquel – essenciais à eletrificação e digitalização – tende a pressionar preços em meio a restrições de oferta. Já agrícolas, impulsionados por políticas para segurança alimentar e incentivos fiscais, ganham protagonismo e criam janelas de entrada relevantes.
Este universo é rico em nuances e variáveis. Políticas expansionistas de grandes governos, como nos Estados Unidos, China e Europa, costumam trazer estímulos adicionais, aumentando demanda e preços das matérias-primas de forma direta e indireta, cujo impacto pode ser visto até mesmo em setores considerados periféricos do agronegócio.
Conexão entre portfólio internacional e exposição ao mundo real? Matérias-primas entregam exatamente isso, com a vantagem de participação em tendências como sustentabilidade, mobilidade elétrica e digitalização de cadeias logísticas.
Como montar um portfólio diversificado e robusto
Ao montar uma carteira, vale seguir regras clássicas, mas sem engessar a estratégia:
- Diversificar entre setores: Energia, metais e agrícolas devem estar presentes, em proporções ajustadas de acordo com o risco e o cenário macroeconômico.
- Evitar concentração em ativos com baixa liquidez: Nem sempre o nicho com melhor narrativa trará o melhor resultado a médio prazo.
- Priorizar estratégias com gestão ativa: Fundos ativos que monitoram riscos e atualizam carteiras superam, no longo prazo, modalidades passivas, que acabam capturando também ineficiências de mercado.
- Olhar para custos totais e estrutura: Entenda taxas, despesas de negociação, custos de rolagem e tributos, principalmente em ETFs e produtos compostos.
- Manter acompanhamento macroeconômico contínuo: Estar atento a mudanças globais, tendências de demanda e decisões políticas evita grandes surpresas negativas.
Se o universo das matérias-primas interessa, aprofunde o conhecimento em temas relacionados. Veja conteúdos sobre estratégias e tendências do setor e o funcionamento e os riscos no Brasil. Endereços úteis para quem deseja tomar decisões melhores, baseado em informação de qualidade.
Desempenho da estratégia STATERRA Commodity até agora
Em menos de um ano, a estratégia STATERRA Commodity mostrou-se superior aos principais índices internacionais. Os números não deixam dúvida:
- Retorno acumulado: 14,05% desde novembro de 2024
- Volatilidade: 13,29%, considerada baixa para o segmento
- Sharpe Ratio: 0,80 (quanto maior, melhor o ajuste risco-retorno)
- Medida M²: 15,96%
- Information Ratio: 0,80
Tudo isso com disciplina de ajuste, modelagem de risco e adaptação frente a choques econômicos globais. Os benchmarks globais, em comparação, entregaram menos retorno e exposição ao risco:
- GSCI: 2,22% retorno e Sharpe negativo
- BCOMM: 5,54% e Sharpe de 0,15
- CRB Index: 8,36% e Sharpe de 0,39
O contexto fica ainda mais rico ao considerar os estudos sobre mercado global, volatilidade estrutural e oportunidades de arbitragem que só uma abordagem ativa e feita sob medida consegue entregar.
O segredo não está só em escolher quando entrar, mas como construir riscos e oportunidades ao longo do tempo.
Conclusão: commodities para quem pensa à frente
Em um cenário global fragmentado, com desafios regulatórios e novas tendências estruturais, apostar em matérias-primas pode ser um divisor de águas para investidores institucionais e profissionais qualificados. A estratégia STATERRA Commodity tem demonstrado, com resultados concretos, que unir alocação dinâmica, análise macroeconômica rigorosa e controle de risco potencializa retornos e protege contra volatilidade.
Para quem busca exposição inteligente, proteção e crescimento em tempos de mudanças profundas, talvez investir em commodities nunca tenha feito tanto sentido. Mas, como sempre, informação, gestão ativa e acompanhamento macro são aliados indispensáveis – seja para quem está começando ou para quem já atua neste mercado há muitos anos.
Perguntas frequentes sobre commodities
O que é uma commodity?
Uma commodity é um bem ou recurso básico, normalmente de origem industrial, agrícola ou mineral, produzido em grande escala e negociado globalmente. O principal atributo está na padronização: por exemplo, milho, soja, ouro ou petróleo negociados em bolsas possuem características específicas, independentemente do produtor, o que permite ampla liquidez e facilidade para negociar entre diferentes países e mercados.
Como investir em commodities?
É possível investir nesse segmento de diferentes formas: via contratos futuros em bolsas, através de fundos de investimento especializados, comprando ações de empresas ligadas à produção ou exportação, adquirindo ETFs específicos ou utilizando produtos estruturados que replicam o desempenho de índices dessas matérias-primas. Cada formato possui riscos, custos e liquidez próprios. Para quem busca exposição ativa e proteção, estratégias profissionais de gestão tendem a ser mais indicadas.
Vale a pena diversificar com commodities?
Muitos estudos mostram que adicionar ativos desse setor contribui para diminuir o risco total do portfólio e pode melhorar o retorno ajustado à volatilidade, especialmente em momentos de inflação e instabilidade. Diversificar também reduz a dependência de apenas um mercado (ações, por exemplo) e oferece proteção contra eventos globais inesperados.
Quais são as melhores commodities para investir?
A resposta depende do momento econômico, da política global e do perfil de risco do investidor. Energia (como petróleo e gás), metais (ouro, cobre, lítio) e agrícolas (soja, milho, café) estão entre as principais opções. Nos últimos anos, metais dedicados à transição energética, como cobre e lítio, e agrícolas voltados para segurança alimentar têm ganhado destaque. O ideal é manter exposição equilibrada entre diferentes setores.
Onde acompanhar o preço das commodities?
Os preços podem ser acompanhados em diversos portais financeiros, sites de bolsas de mercadorias internacionais, relatórios de análise e plataformas de gestão de risco. Além de consultar as cotações diárias em tempo real, vale acompanhar análises macroeconômicas e discussões setoriais, como as encontradas na seção de commodities e nas publicações sobre mercado global.